No dia 31/5 (sexta-feira), o arqueólogo argentino Julián Sanchez compartilha suas experiências na palestra "Missões arqueológicas sul-americanas na terra dos faraós", no MAMM. O pesquisador, durante o encontro, aborda as últimas descobertas sobre as tumbas dos faraós situadas na Necrópole de Tebas, e as relações entre o culto funerário, a cosmologia e a religiosidade no Egito Antigo. A conversa envolve também relatos sobre o dia a dia do trabalho com arqueologia, e também reflexão sobre a importância da implementação de pesquisas entre países em desenvolvimento.
“Somos uma novidade: países periféricos como Argentina e Brasil pesquisando outros países periféricos”, afirma Sanchez. (Foto: Divulgação)
O talk envolve o testemunho de Sanchez em mais de 15 anos de escavações arqueológicas na cidade de Luxor, que fica ao sul do Egito. O pesquisador conta também sobre o seu novo projeto, chamado "Kom Dara", realizado em Assiute (capital da província egípcia de Assiute, no vale do rio Nilo).
Julián Sanchez é Doutor em Arqueologia pelo Museu Nacional (Universidade Federal do Rio de Janeiro). Ele já integrou as equipes que pesquisavam o uso do espaço mortuário na Necrópole Tebana, as escavações em Luxor Oeste: na Missão Argentina na Tumba de Neferhotep TT49 (Universidade de Buenos Aires) e o Projeto Amenemhat TT123 do Brazilian Archaeological Program in Egypt (BAPE), primeira missão brasileira no Egito.
Atualmente, é presidente do Instituto Sul-americano de Arqueologia e Preservação do Egito e Sudão (ISAPES), que trabalha com a promoção e a visibilidade às pesquisas com enfoque na arqueologia, antropologia e história de países africanos. É também coordenador geral do "Kom Dara Project" em Assiute, no Egito.
