Onde investir seu pink money - Artistas que defendem a causa LGBTQIA+ além da parada gay
O Dia Internacional do Orgulho Gay ocorre todo 28 de junho por uma razão específica.
Foi nesta data, celebrada mundialmente, que, em 1969, em Nova York, a Revolta de Stonewall foi considerada o marco do movimento e o momento em que o ativismo pelos direitos LGBT ganhou o debate público e as ruas. Abaixo você fica por dentro disso!
Além disso, neste conteúdo #Zine, você também vai entender como e onde investir seu pink money - expressão usada para mostrar o potencial do consumo LGBTQIA+, que representava, em 2019, mais de 3 trilhões de dólares ao redor do mundo! �Y~�
Role para baixo para conferir onde investir seu pink money com 9 artistas que levantam a bandeira da comunidade LGBTQIA+ para além da parada gay ou dos meses de junho e julho.
Onde investir seu pink money - artistas que defendem a causa LGBTQIA+
1) Ana Carolina
Dona de uma voz grave que sempre chamou muito atenção, a juiz-forana Ana Carolina faz sucesso desde os anos 90.
�?oSe levantar a bandeira a favor dos gays significa fazer algo a favor da causa, ora, eu faço isso há muitos anos. Sou parte dessa luta e desse movimento. �? só ouvir o que eu canto, é só assistir aos meus shows. Já levantei, sacudi e me envolvi na bandeira gay em meus shows e falo sobre o assunto em muitas de minhas canções�?� - disse Ana Carolina, em carta aberta publicada em suas redes sociais em resposta a uma crítica sobre preferir ser discreta.
"Não preciso dizer nada, porque sou uma pessoa normal! Ser gay ou bi tem que ser igual, normal, natural!! E é assim que eu levanto a minha bandeira: vivendo minha vida privada com normalidade e sem alarde, independentemente da minha condição sexual�?�, completou.
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2) Daniela Mercury
Daniela Mercury, aos 55 anos e com mais de 35 de carreira, conquistou o titulo de "rainha do axé" no Brasil.
Atualmente tem o intuito de se expressar e firmar a liberdade do próprio pensamento, seja por meio da música ou da militância.
Desde 2013, a vida e a carreira musical da cantora se tornaram uma espécie de manifesto espontâneo, o que deu ainda mais visibilidade às causas que são importantes para a sociedade.
Naquele ano, Daniela tornou público o seu relacionamento com a jornalista Malu Verçosa ao publicar uma foto no Instagram com a legenda: "Malu agora é minha esposa, minha família, minha inspiração pra cantar".
"A gente [Daniela e Malu] encorajou as pessoas a fazerem coisas por si mesmas, não só na causa LGBT, para elas conseguirem dizer que são homossexuais e que vão se casar com pessoas do mesmo sexo, mas também para que todas as pessoas saibam que elas podem fazer qualquer coisa, que não existem barreiras. �? para isso que eu vivo, sabe?" - defende�?< Daniela em entrevista para o Huffpostbrasil.
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3) Jaloo
Nascido em Castanhal, interior do Pará, Jaloo, aos 33 anos, é considerado um dos expoentes da música brasileira.
O artista é também uma das figuras que mais refletem a quebra de padrões e as infinitas possibilidades de gênero e sexualidade.
O corte de cabelo e os topes e saias do artista compõem um visual que gera identificação para várias pessoas. O cantor começou a fazer músicas por conta própria, no computador de casa com softwares de música amadores.
Sua sonoridade mistura o eletrônico, o indie e o tecnobrega.
" Com sinceridade, acho que isso tudo é uma pauta�?� algo que a mídia resolveu colocar agora como novidade. A gente sempre existiu, a gente é o que é, e tem muitos outros artistas que caminham por essa linha. Eu faço minha música e faço esse tipo de trabalho faz tempo. A nossa música está acima de qualquer outra coisa. Eu não crio nada para �?oparticipar desse segmento�?�. Existem, sim, as forças contrárias: a onda de conservadorismo é gigantesca, as pessoas não tem mais vergonha de falar coisas horríveis! Mas a gente fica mais forte, porque a gente entrou nessa briga" - Diz Jaloo, em entrevista ao site Lado Bi sobre trabalhos como o dele que desafiam os padrões de gênero em períodos em que o conservadorismo tenta se impor.
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4) Johnny Hooker
O artista possui um jeito todo extravagante de se vestir em seus shows, que lembra, ele não nega, o estilo de Ney Matogrosso.
Mas, para o cantor, essa comparação só é devida mesmo no que diz respeito ao figurino.
Em entrevista para a revista �?poca, o cantor disse que é totalmente gay e não teria porque esconder. Além disso, Johnny fala que todos devem deixar de lado os puritanismos e a coisa provinciana. Para ele, a música dá liberdade para o artista se assumir.
"Ouço muito isso, acho o Ney um gênio. Mas é só um link visual" - comenta Johnny em entrevista para a revista �?poca.
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5) Liniker
Aos 25 anos, a cantora ganhou as manchetes ao lançar o clipe "Zero", no qual aparece de turbante, saia, batom, grandes brincos e salto.
�?oSou bicha, sou preta, mas não sei se sou homem ou sou mulher. Eu estou em processo. Estou sendo o que sou. Fazer o quê? Eu sou assim, não tem como fugir de quem eu sou. Um dos meus maiores desejos como artista é: bote para fora quem você é, não tem problema�?� - diz o cantor"
Liniker possui uma voz potente e é considerado uma revelação bem vinda à MPB. O cantor lançou um trabalho independente no youtube, o qual esperava 20 mil views e uma divulgação boa para que conseguisse alguns shows. Porém, o vídeo atraiu a atenção de milhares de pessoas e hoje ultrapassa 24 milhões de visualizações no Youtube. Além disso, turnês nacionais e internacionais estão programadas.
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6) Linn da Quebrada
Transexual de 28 anos, MC Linn não fala apenas sobre os direitos LGBTQA+, mas trata também do direito de ser afeminada, ou de "enviadecer", como ela coloca em uma das suas músicas com conteúdo bem explícito e cujos videoclipes já têm mais de 724 mil visualizações no YouTube.
"Passei uma vida inteira ouvindo que 'ser viado não é uma coisa legal', que ser travesti é perigoso e vai trazer problemas. E eu não estou dizendo que é fácil, mas que é possível e lindo ser transviada - é uma possibilidade feliz. Eu venho de uma criação religiosa muito rígida, eu era testemunha de Jeová, então tive o corpo muito disciplinado, domesticado pela igreja e pela doutrinação, que me privava dos meus desejos. Era como se ele não me pertencesse. Até eu tomar o bastião de liberdade há alguns anos e me assumir" - contou Linn ao site Globo.
Linn é considerada uma das maiores representantes da cena musical contemporânea e faz de sua ocupação e de sua existência um constante ato político. A artísta participou de um filme intitulado "Meu corpo é político", no qual é mostrado o cotidiano de quatro militantes LGBT que vivem na periferia de São Paulo. A partir da intimidade e do contexto social dos personagens, o documentário levanta questões contemporâneas sobre a população trans e suas disputas políticas.
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7) MC Xuxu
De Juiz de Fora, aos 17 anos não suportava mais o corpo de menino. Ela era Karol Vieira e, assim, foi expulsa de casa pelo padrasto que não a aceitava como mulher. Na rua, a prostituição foi a única chance de sobrevivência. A artista nunca abandonou a rima e se encontrou em um movimento cultural que voltava a ocupar a grande mídia na década 1990 e 2000: o Funk. E assim passou a ser conhecida como MC Xuxu. Em 2017, a Prefeitura de Juiz de Fora concedeu o titulo de cidadã benemérita à funkeira. De acordo com o autor da proposta, o ato visa reconhecer o trabalho de militância pelos direitos LGBT.
�?oFico muito feliz, de verdade, em receber esse prêmio. Eu sei que estou abrindo portas, inspirando travestis. Muita gente não esperava que eu nem estivesse viva, quem dirá ir na Câmara receber um título tão importante assim, um título que tanta gente esperou receber. E esse prêmio não é meu. Eu acho que é nosso, de toda a militância LGBT da cidade�?�, - declarou Mc Xuxú ao jornal Tribuna de Minas.
Em 2018, a cantora trans compartilhou com os seus seguidores em seu perfil no Facebook a inclusão de seu nome social (Karol Moreira) no seu título de eleitor, medida possível após decisão do plenário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Feliz, em entrevista para o site Uol, disse que era uma grande conquista no âmbito dos direitos humanos e mais um passo rumo ao reconhecimento da identidade de gênero das pessoas transexuais e travestis.
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8) Pabllo Vittar
O artista também é cantor e drag queen brasileiro e é considerado um ícone gay. Além disso, foi citado pelo The New York Times como um emblema de fluidez de gênero, enquanto o The Guardian se referiu a Vittar como um símbolo de resistência, ao comentar sobre seu posicionamento político. Vittar é consistentemente creditado por impulsionar a inclusão de artistas drag queen, transexuais e travestis no cenário da música popular do Brasil. No Mês do Orgulho LGBT, em 2018, a revista Billboard convidou um time de famosos para escrever uma carta de amor para a comunidade LGBT.
"A arte foi um caminho que encontrei para me expressar e através dela tive a oportunidade de fazer turnês, programas de TV e colaborar com outros artistas que admiro. Espero que de alguma maneira eu também inspire outras pessoas a serem elas mesmas, independente do medo e de todas as coisas ruins que nos rodeiam. Não é fácil, mas juntos nossas vozes soam mais alto e enquanto mais barulho fizermos, mais difícil será para ignorarem nosso pedido de igualdade. Seja gay, lésbica, trans, drag queen, não é binário, esse é o nosso mês para refletirmos e nos amarmos como nunca, nossa luta é em nome do amor. Amo vocês."
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9) Quebrada Queer
Quebrada Queer é o primeiro grupo de rap da periferia, composto apenas por negros LGBTs. No começo, o grupo era formado por 5 integrantes, Lucas Boombeat, Guigo, Harlley, Murillo, Zyess e Tchelo Gomez, que se reuniram para falar sobre suas vivências como negros e gays da favela.
�?oNós já nos conhecíamos de festas e internet, e sentíamos falta de ter um cypher só com negros e gays. Pesquisando, vimos que não existia um projeto assim em nenhum lugar do mundo. Agora tem!�?� - conta Tchelo para o Kondzilla sobre como surgiu o primeiro som do grupo.
Pouco tempo depois da estreia da cypher, os integrantes conversaram e decidiram que era importante ter uma figura feminina negra e LGBT, e assim, fecharam-se em seis participantes, com a Apuke, DJ do grupo. Poucos meses depois de se tornarem conhecidos lançaram o primeiro EP, intitulado "Ser - Sobre Existir e Resistir, com 5 músicas. Todos os temas circulam por situações do cotidiano dos artistas, além de músicas de amor, orgulho negro, LGBT, entre outros assuntos.
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Agora que você chegou aqui, que tal nos dizer nos comentários o que pensa sobre o pink money e nos recomendar outras personalidades que você acha relevante e levantam a bandeira LGBT além da parada gay?