Em intercâmbio pela Índia, Maruscka Grassano percebeu uma grande oportunidade: juntar a vontade de viajar, com a possibilidade de compartilhar isso com outras pessoas através de roupas carregadas de referências culturais. Assim, criou a Peregrina, que teve seu primeiro editorial lançado nesta semana.
Segundo a jornalista, a ideia surgiu ao perceber a oportunidade de levar ao mercado brasileiro peças exclusivas de pequenos artesãos ou cooperativas ao redor do mundo. "Nos meus primeiros dias na Índia, em Delhi, achei muito interessante a proposta de um amigo colombiano que enviava coisas pro seu país para vender. Esperando ele fazer suas negociações, sentei em um restaurante e logo um austríaco superestiloso, com um visual bem hiponga, veio dividir a mesa comigo. Comecei a puxar papo e descobri que ele vivia viajando, comprando peças de um país e vendendo no outro. Achei aquilo muito massa!"
Em clique exclusivo para o Zine, os profissionais da Tré Design & Fotografia - Talita Del Penho (fotos) e Leo Coelho (design e edição), produção de Leo Campos e maquiagem de Tiago Capuzzo, com a modelo Mariana Leão.
"Acho que meu click foi nessa conversa de menos de uma hora com um desconhecido. Há muito tempo eu procurava por algo que eu me imaginasse fazendo pelo resto da vida e, apesar de ter diversos interesses, não me via presa a uma coisa só. A Peregrina não me passa de uma boa desculpa pra eu fazer o que eu gosto: viajar, conhecer gente, lugares e compartilhar isso com as pessoas", conta.
A ideia deu tão certo, que em poucos meses, a marca já vende peças para todo o Brasil e participou da última edição do Bazar Vintage, em Juiz de Fora.
Maruscka associa a Peregrina a um "'Comer, rezar e amar' da moda". "Por trás de cada peça, tem um mundo de sabores, crenças e histórias que todos merecemos explorar. Por serem culturais, nossas peças são atemporais. Não tem nada a ver com aquela moda efêmera, que todo mundo usa hoje e amanhã não se vê mais", comenta.
Indo cada vez mais longe, Maruscka pretende explorar ainda outras regiões. "Estaremos, sim, ao redor do mundo, buscando itens diferenciados, fazendo contato com fornecedores, artesãos, cooperativas, etc. Além da Ásia, nosso foco para os primeiros anos é garimpar na América do Sul, Central e na África", conclui Maruscka.