Um futuro promissor
No Dia Internacional da Mulher, convidamos jovens juiz-foranas que vêm conquistando seu espaço no mercado de trabalho e se destacando em suas profissões para falarem sobre o que ainda falta ser conquistado entre as mulheres.
Para a empresária e modelo Karina Cruz,as mulheres ainda são vistas como o sexo frágil, característica perdida há anos com a “sina” de ser mãe, dona de casa, esposa e trabalhadora. “Para tirar esse estereótipo, precisamos assumir lugares que são nossos, não por exclusividade, mas por mérito. Acho que falta a conquista do tempo, ter tempo pra si, sem culpa. Falta parar de tentar dar conta de tudo e dar conta de si mesma primeiro, no seu próprio tempo.”
Amanda Britto, também empresária não se deixa intimidar por insinuações preconceituosas. “Não consigo imaginar um mercado de trabalho em que a mulher não está inserida. Não digo isso por nossas habilidades particulares e diferentes das masculinas, mas por ser um direito tão natural e simples que me faz pensar como, durante tanto tempo, não tivemos esse espaço. É claro que ainda existem pessoas que estranham quando uma mulher ocupa um cargo de liderança, mas eu amo o que faço e pretendo continuar fazendo com qualidade, buscando a excelência sempre e trazendo retorno para o meu cliente. Minha profissão é minha prioridade porque com ela posso me sentir realizada e ajudar outras pessoas a realizar os próprios desejos.”
“É importante ficarmos atentas, no entanto, para as contradições que, infelizmente, ainda permeiam essas conquistas, isto é, se já estamos no mercado de trabalho, ainda recebemos salários menores que aqueles dos homens e as mulheres ainda são minoria em profissões como as diversas engenharias, por exemplo. O que eu pretendo, como jovem mulher e feminista, é aproveitar o espaço que já foi conquistado pela luta de outras mulheres, e buscar a quebra, na vida cotidiana, de noções ainda vigentes que insistem em limitar as mulheres”, revela a jornalista Analu Pitta.
A fotógrafa Amanda Coutinho ainda reforça: “o muito que já foi conquistado pelas mulheres tende a gerar uma sensação ilusória de igualdade, como se a ‘guerra’ já estivesse ganha, mas na prática, trazendo essa análise pro nosso dia a dia, vemos que muito ainda precisa ser feito. A mulher ainda sofre com coisas muito primárias como assédio nas ruas, desigualdade profissional, muitas são subjulgadas em casa, são vítimas de piadas no trânsito... (lista infinita) e na minha opinião a dificuldade em vencer essas situações diárias está no pensamento socialmente enraizado de que tudo isso é ‘normal’. Essa mudança profunda de pensamento, deve partir principalmente das próprias mulheres, para assim alcançarmos uma real igualdade.”
O Zine Cultural deseja um Feliz Dia Internacional da Mulher a todas que fazem parte diariamente da nossa história!