Para falar de cinema
Exibir filmes fora do contexto comercial, discutir opiniões e novas ideias e promover a produção cultural da cidade. Esse era objetivo do cineclube CEC- Centro de Estudos Cinematográficos, tema do livro “Memórias do Cineclubismo” organizado pelas jornalistas Cristina Musse e Haydêe Sant’Ana Arantes.
Segundo Haydêe, que publica o primeiro livro de sua carreira, a obra surgiu de parte de sua dissertação de mestrado, que buscava analisar o movimento dos clubes de filmes da cidade.
“O que mais me chamou atenção nessa pesquisa, que começou em agosto de 2010, foi perceber a importância que esse grupo tem para a cidade, pois várias pessoas que hoje atuam diretamente na construção de um cenário cultural, trabalhando com instituições e centros culturais e artísticos, eram jovens membros, atuantes do clube.”
Cartaz dos filmes exibidos no I Festival de Cinema Brasileiro em Juiz de Fora
Foto cedida por: Wilson Coury Jabour
Foto cedida por: Wilson Coury Jabour
Com sessões, mostras, festivais e cursos de cinema, o CEC funcionou de 1957 a 1977. “O legal é ver que várias gerações passaram pelo cineclube e ele influenciou diversos movimentos mais atuais. Na época, as pessoas se reuniam mais em grupos para desenvolver uma atividade e defender causas, discutir ideias. Hoje, em função da correria do dia a dia e propagação das novas tecnologias, essas formações se tornaram mais raras.”
Arquivo família Bracher, cedido por: Claúdia Matos Pereira
O lançamento do livro acontece logo mais, nesta terça-feira, às 20h, no Fórum da Cultura.