Lançamento de EP Musical de Diogo Veiga
Diogo Veiga é um multi-instrumentista e compositor juizforano que descobriu um mundo inteiro de possibilidades musicais quando começou a pesquisar os instrumentos africanos, há mais de cinco anos.
A musicalidade afrocentrada, ou seja, que se baseia na música ancestral feita há séculos na África é a principal característica da sua produção autoral e vai ser apresentada para o público de Juiz de Fora no lançamento do seu EP Egbe Tóbi Ode, que ocorre no dia 24/03 (sexta-feira)
O EP é composto por 4 músicas e a produção foi contemplada pela conta com financiamento do Programa Cultural Murilo Mendes. A produção é autoral com 4 faixas que exploram a musicalidade africana e brasileira.
Lançamento EP Musical Diogo Veiga (Foto: Divulgação)
Quem é Diogo Veiga?
A pesquisa de Diogo sobre a instrumentação africana teve duas grandes origens: quando ele começou a atuar como arte educador e a sua entrada para o candomblé. Naquele momento, a grande questão que o impulsionava era estar em contato com uma musicalidade que o representasse mais, que falasse de suas alegrias e dores, que tivesse a sua cor.
Com o tempo, foi conhecendo outros musicistas que também realizam essas pesquisas como o Fábio Simões, do Rio de Janeiro/RJ, e a Mo Maie, de Mariana/MG e, também, tendo acesso a instrumentos como o balafon, um piano ancestral muito potente. “Até quando eu tinha 32 anos, eu não conhecia essa questão da ancestralidade. Como um homem preto como eu não conhecia essa música? Eu fico pensando que tem muita gente falando de ancestralidade hoje em dia e acaba não conhecendo nada sobre isso”, afirma.
Nesse sentido, Diogo acredita que o EP vai cumprir uma função própria da arte que é o de apresentar um mundo novo, neste caso, sendo o primeiro contato de muitas pessoas com esta musicalidade afrocentrada. Musicalidade esta que vai muito além do batuque, do tambor, como é comum pensar em relação à música feita em África.
Um lançamento musical por si só já é importante para as carreiras dos artistas, mas no caso de Diogo Veiga, começar a lançar a sua música que reúne esta temática e proposta representa algo mais: ele passa a reafirmar a sua identidade. “Quando eu estou com esses instrumentos, eu fico mais preto, me reconheço mais”, afirma.
Conheça Diogo Veiga (Foto: Divulgação)
Saiba tudo sobre o EP "Egbe Tóbi Ode"
As palavras Egbe Tóbi Ode estão escritas em iorubá e significam "Comunidade dos grandes caçadores/caçadoras". Em um primeiro momento, o EP ia ser exclusivamente com músicas instrumentais, mas durante o processo de composição, veio a inspiração para uma letra. Esta música é a faixa Ijexá pra Oxum que foi lançada em single no início de março, abrindo os lançamentos do EP.
Além desta faixa cantada, o EP reúne outras três instrumentais: Igbó, Tema Mbira Dzavadzimu e Festa na Comunidade. A instrumentação usada é algo raro de se encontrar e resulta em uma música também rara de se ouvir em Juiz de Fora e no Brasil.
Gà, tambor tama, tambores lẹ̀, palha da costa, mbira dzavadzimu, balafon são alguns dos instrumentos que representam a sonoridade ancestral africana e que estão presentes na composição autoral de Diogo.
O EP Egbe Tóbi Ode fica disponível em todas as plataformas de streaming de música a partir de 24/03 (sexta-feira).
Este lançamento possui financiamento do Programa Cultural Murilo Mendes e conta com a gravação, mixagem e masterização de Henrique Vilella, com o design gráfico de Cety Soledad e com fotos e vídeos de Thiago Britto. A produção executiva e a gestão do projeto é de Salila.
Ouça o EP
Para fazer o pré-save ou ouvir depois do lançamento, acesse o link.
Ficha Técnica
Composição, arranjos e performance: Diogo Veiga
Instrumentos usados por Diogo Veiga: gà, tambores lẹ̀, humpi e hum, caxixis, tambor tama, apitos de pássaros, palha da costa, mbira dzavadzimu, teclados, nyahbinhg, tambor de cabaça, balafon e tambor iashiko
Composição (na faixa Ìjẹ̀ṣà pra Oṣùn): Diogo Veiga e Caru Calixto
Voz (na faixa Ìjẹ̀ṣà pra Oṣùn): Diogo Veiga
Violão e arranjo (na faixa Ìjẹ̀ṣà pra Oṣùn): Henrique Vilella
Coro (na faixa Ìjẹ̀ṣà pra Oṣùn): Diogo Veiga, Sônia Rodrigues, Caru Calixto, Hugo de Castro e Henrique Vilella
Violoncello (na faixa Tema Mbira Dzavadzimu): Carine Ferreira
Gravação, mixagem e masterização: Henrique Vilella
Gravado em homestudio em Juiz de Fora de maio de 2022 a janeiro de 2023.
Design gráfico: Cety Soledad
Fotos e vídeos: Thiago Britto
Produção executiva e gestão do projeto: Salila
Projeto financiado pelo Programa Cultural Murilo Mendes mantido pela Prefeitura de Juiz de Fora e gerenciado pela Fundação Cultural Alfredo Ferreira Lage (Funalfa).